Quem aí adora um bom perfume? Eu adoro, não consigo viver sem um bom perfume no meu corpo, nas minhas roupas e no ambiente em que vivo. As sensações que certas fragrâncias dão para o nosso corpo são quase mágicas, nos fazendo se sentir melhor, mais confiantes e até mesmo nostálgicos. Falo isso porque nesses 22 anos no mercado artesanal, não quero atingir apenas o visual, mas sim o lado olfativo, que é muito importante, se não o mais. Eu digo muitas vezes que você pode não ver, mas não sentir o cheiro é basicamente impossível.
Hoje, nossa conversa vai ser um pouco diferente. Quero trazer para você um pouco da história. De onde surgiram os perfumes e o porquê de toda sua relevância mundo a fora.
Bom, há muito tempo, na época em que as primeiras pessoas descobriram o fogo, eles perceberam que ao jogar plantas e ervas nas chamas, saía um cheiro diferente. Tanto que utilizavam esses odores para poderem caçar e despistar animais.
Porém essa cultura de utilizar ervas para extrair os cheiros começou na Mesopotâmia, com os sumérios, onde eles foram os precursores no uso e vendas de perfumes. Um de seus principais compradores eram os egípcios, que deram muita importância para este produto, tornando-o parte de sua cultura. Então, não fique achando que foram os franceses a ter esse culto pelo cheiro, eles vieram apenas depois.
Nessa época os perfumes eram feitos de óleos vegetais ou gorduras animais, misturado com flores e afins. As mais comuns eram manjerona, íris, aguarrás e benjoim.
Para os egípcios o uso do perfume era algo espiritual e religioso, onde durante rituais funerários, misturas eram queimadas com o intuito de produzir fumaças purificadoras. A ideia era permitir que as almas mortas tivessem um acesso rápido e tranquilo para a vida eterna.
Interessante não é, ver que o uso de perfumes não era apenas por vaidade, mas sim cultural. Hoje em vários países, incluindo o Brasil, o uso de aromas para rituais, espantar coisas ruins, dar sorte e até mesmo dormir melhor é algo comum. Mostrando que o perfume não é apenas uma forma para impressionar os outros, apesar que a Cleópatra usou disso para seduzir grandes figuras históricas, como Júlio César, com seu cheiro a base de resina de mirra.
Sem perder o foco do assunto. Os fenícios foram os responsáveis pela variedade de novas matérias-primas, devido aos seus altos números de importações no Oriente. Propriedades vindas da Índia, sandália, noz-moscada e nardo foram algumas dessas novidades. E com todas essas opções, não ia faltar oportunidade.
Na Europa, esses itens foram chegar apenas no século 12, onde cavaleiros das cruzadas levavam aqueles exóticos produtos para casa. Porém, foi lá que foram produzidos os primeiros perfumes sintéticos, em 1880, pelo francês Paul Parquet, onde nasceram os até hoje conhecidos Fougère Royale e Parfum Idéal.
Historicamente essa é a origem dos perfumes, mas agora, vamos falar sobre o que eu estava dizendo no início dessa conversa. Havia falado que esses aromas davam sensações diferentes, você sabe quais são elas? Vou te explicar.
Há sim uma influência em nosso estado de espírito, dependendo do cheiro, atinge o estado límbico do corpo, o responsável pela memória. Por isso quando alguém passa por você com um perfume forte, pode ser que você seja jogado para uma lembrança/memória com alguma pessoa ou situação.
Outra coisa bem importante, algumas fragrâncias podem mexer com sentimentos. Quando se está em um estado nervoso e tenso, aromas como o de lavanda podem ajudar contra essas emoções negativas, ajudando como um calmante e induzindo ao sono, sendo ótima também contra a insônia.
Para sentimentos depressivos e apáticos, a bergamota serve na recuperação da saúde mental. Já para concentração e cansaço, você tem opções como o aroma de limão, vetiver, eucalipto e alecrim. Todas aliviando esse estado de desgaste.
Então, depois desse aulão sobre perfumes não tem como você não se apaixonar mais ainda por eles. Aí eu te pergunto, você já tem um perfume que é seu? Que as pessoas sentem e lembram de você. Já criou um cheiro para sua casa que te faz se sentir melhor lá dentro? Eai, bora pensar nisso?
Te espero no próximo blog.
Beijuuu!
Peter Paiva
Deixe uma resposta
Want to join the discussion?Feel free to contribute!